Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2020. Ferdinandusa sprucei (Rubiaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A espécie não é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Amazonas — nos municípios Itamarati e São Gabriel da Cachoeira.
Árvore ou arbustos de altura desconhecida, não é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). No Brasil, foi documentada em Floresta de Várzea asscoaiada à Amazônia presente no estado do Amazonas, municípios de Itamarati e São Gabriel da Cachoeira. Apresenta distribuição conhecida restrita, EOO=8 km², AOO=8 km² e uma situação de ameaça; entretanto, é conhecida somente pelo material-tipo e poucas coletas adicionais, realizadas em região onde esforços de coleta ainda são considerados insuficientes. Poderia ser considerada uma espécie Criticamente em Perigo (CR) por B2(iii), pela distribuição, valores de EOO e AOO e situação de ameaça. Entretnato, desde 1971, pouco se avançou em relação ao seu estado de conhecimento. Assim, diante da carência geral e da impossibilidade de se suspeitar, estimar ou mesmo inferir uma eventual redução populacional ocasionada por vetores de pressão que tem se amplificado na região, F. sprucei foi considerada como Dados Insuficientes (DD) nesta ocasião. Estudos direcionados a revisar material não determinado depositado em herbários regionais podem revelar novos registros de ocorrência para a espécie, assim como buscas específicas buscando encontrar a espécie na localidade típica e em outras localidades próximas e/ou com ocorrência potencial. Tais estudos fazem-se necessários para melhorar o conhecimento sobre sua distribuição e dinâmica populacional, e assim possibilitar uma robusta avaliação de seu risco de extinção.
Descrita em: Fl. Bras. (Martius) 6(6), 210, 1889.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Commercial & industrial areas | habitat | present | |||
A produção de carne e de leite tem crescido consideravelmente no Brasil nas últimas décadas, atingindo, em 2018-19, ca. 26 milhões de toneladas e 34,4 bilhões de litros, e a previsão oficial é de que ambas atividades deverão crescer, respectivamente, a uma taxa anual de 3,0% e a entre 2,0 e 2,8% nos próximos 10 anos (MAPA, 2019). Na Amazônia brasileira, ocorre desmatamentos para criação de gado em grande escala (Joly et al., 2019). Com ca. 330 milhões de hectares, a Amazônia brasileira possuia, em 2014, 42.427.000 ha (12,8%) de sua extensão convertidos em pastagens (TerraClass, 2020). Em 2018, as pastagens já ocupavam entre ca. 46.209.888 ha (14%) (Lapig, 2020) e 53.431.787 ha (16,1%) (MapBiomas, 2020). Aproximadamente 60-62% de todas as terras desmatadas na Amazônia brasileira são cobertas por pastagens, colocando a criação de gado em evidência como um dos principais impulsionadores do desmatamento (Almeida et al., 2016, Carvalho et al., 2020). Fora o impacto causado pela conversão de áreas, vários estudos com foco na ocorrência de incêndios no Brasil destacam que, atualmente, a Amazônia e o Cerrado apresentam os maiores números de eventos de incêndios relacionados principalmente a práticas de conversão da vegetação natural em pastagem, o que gera outros impactos diretos relacionados às atividades pecuárias (Davidson et al. 2012, MCTI 2016, Joly et al., 2019). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | needed |
A espécie não é conhecida em nenhuma unidade de conservação, mas claramente existe a necessidade de melhorar a proteção do habitat nos locais onde se sabe que ela ocorre. São necessárias pesquisas adicionais para determinar se esta espécie está ou não experimentando um declínio efetivo ou está passando por flutuações naturais da população. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |